Saúda-nos com a sua música intimista. Revivalista, insaciável fã da atmosfera floral dos anos 60, do baile e do psicadelismo, consagra-se agora bem no centro do pop delirante lisboeta. Está tudo aqui. Não é Samba, é Filipe Sambado.
Parte integrante dos Cochaise e Chibazqui, é como Filipe Sambado que se distingue em nome próprio na autoria dos seus projetos desde 2012. E a coisa já vai acumulando. “Isto é coisa para não voltar a acontecer” (2012), que conta também com o apoio de Luís Severo, assim como de Éme. Logo segue-se o EP “1234”. Dois anos depois, em 2014, lança “Ups, fiz isto outra vez”, como se fosse o penúltimo passo a caminho da construção do seu álbum, e que conta novamente com participação do Cão da Morte, seja na gravação e produção, como na própria mistura.
Em Março de 2016, atira-se de corpo inteiro com “Vida Salgada”. Nove composições, uma edição em cassete e uma miscelânea de cores, sensibilidades e estilos que invadem este novo episódio da música portuguesa.
Trouxe-nos cinco canções com “mix feelings”, bem ao jeito de um cenário indeciso.
Neste momentos específico estas são algumas das canções que me aproximam de casa. Está muito difícil arranjar sítio em Lisboa e como não o tenho, estes temas dão-me, de alguma forma, vontade e força na procura de melhores tempos
Por: Teresa Melo
Fotografia de capa: Adriana Boiça Silva