Keepin' It Reel: O Soft Porn Setenteiro de CANADA

Foi em 2008 que os espanhóis Nicolás Méndez, Lope Serrano e Luis Cerveró conceberam CANADA, uma produtora audiovisual, spoilers alert, unanimemente das mais cool.

Ya, “Isso é bué uma opinião pessoal!” diz quem não sabe que em 2011 criaram a CANADA Editorial, uma produtora discográfica, e que desde 2012 fornecem serviços de gestão de direitos de autor e procura de trabalho no meio publicitário e audiovisual.

Ya, they’re for real bro.

Esta introdução vastííííssima servirá para futuros artigos, porque este peeps tem vindo a agregar jovens realizadores (com menos de 30 anos, pelo amor de deuS!), que por sua vez têm arrecadado galardões desde os circuitos indie aos mainstream.

Em 2010 a internet explodiu - vá a ‘net do pessoal das artes - com o videoclipe do primeiro single do Pop Negro de El Guincho, Bombay. A Pitchfork até noticiou logo a cena como NSFW. Se não perceberam a sigla, google it granny!

Esta obra assinada por Nicolás Mendez e produzida pelos CANADA, catalogada por alguns como “soft porn setenteiro”, prima por uma edição speedada, rebola na semiótica e fuma umas com o Henri-Georges Clouzot, Jacques Tati, Jean-Luc Godard, enroladas pelos putos Gaspar Noé, Sofia Coppola e Spike Jonze.

Name-dropping à parte, as cores desta produtora são pastel ou muito contrastadas, mas têm sempre personalidade jurídica, tal como o trabalho de camara que, dude, é fodidão. Nada é deixado ao acaso e sente-se o trabalho de pré-produção em cada projeto que finalizam.

E se há lição* que se pode tirar é que “não levar muito a sério” é na verdade o início e o fim de um processo. No meio está a entrega, a libertação, o controlo, o planeamento e, para eles, em 2017 há o dinheiro. Bué dinheiro, foda-se!

*A cena tão tuga da moral(católica?).

Por: Leonor Bettencourt Loureiro, realizadora // http://cargocollective.com/LBL

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