Em escuta: Pedro de Tróia

Pedro de Tróia é um miúdo com a alma tão cheia de música que a única maneira de não colapsar é fazer tanto pela música como o que ela o faz por si.

Sempre que, em qualquer contexto, me pedem para eleger um grupo de músicas, sem critério de selecção, apraz-me a liberdade de poder ser eu a definir o motivo, tema ou intenção. Isto porque sei que, anos mais tarde, me dará muito gozo encontrar as coisas que eu fazia, dizia ou pensava, mesmo que olhe para o lado envergonhado.

O desafio a um dos fundadores da editora e produtora Azul de Tróia foi lançado e cumpriu-se com desembaraço. Desta feita, apeteceu-me fazer um exercício simples: identificar quais foram os cinco momentos em que me senti mais perdido desde que vim para Lisboa e quais foram as músicas que, nesses respectivos anos, dava por mim a ouvir quando precisava de ficar sereno.

É uma cronologia imediata e boa maneira de, daqui a uns anos, me poder recordar das tantas histórias e caminhos opacos que não sabia se deveria atravessar, mas que lá fui atravessando. E aqui estou a apresentar simbolicamente esses cinco momentos duros mas edificantes.

Muitas outras canções poderia apresentar (inglesas, brasileiras ou francesas também) mas estas foram as cinco que me ocorreram nos primeiros segundos e faço questão de favorecer a não-racionalidade:

Fotografia: Pedro de Tróia

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